Pesquisa revela maus hábitos de brasileiros com celulares e tablets
Pesquisa revela maus hábitos de brasileiros com celulares e tablets:
RIO - A Intel revelou dados locais da pesquisa encomendada à Ipsos Observe sobre "Etiqueta Móvel" em oito países, incluindo o Brasil. No total, 95% dos brasileiros entrevistados disseram que as pessoas deveriam ter mais educação ao utilizar dispositivos móveis em público. Mas, boa parte dos que reclamam dos maus hábitos também incomodam.
Nas redes sociais foi observado que 22% dos adolescentes brasileiros atualizam seus perfis obsessivamente, várias vezes ao dia, usando celulares e tablets. Entre os adultos a prática é comum para 16%.
"A etiqueta é como interagimos uns com os outros”, explicou a autora e especialista em etiqueta Anna Post, do The Emily Post Institute em nota. “A etiqueta nos ajuda a decidir como compartilhar e nos conectar de maneiras positivas e que melhorem nossos relacionamentos”.
O percentual de reclamantes é o mesmo da França. E e “epidemia” de má educação ao celular também despertou a ira de indonésios (98%), chineses (97%) e australianos (94%) que reclamam da falta de discrição.
Música altamente irritante
Entre os principais maus hábitos dos usuários de dispositivos móveis no Brasil estão o uso de dispositivos com o volume muito alto (citado por 62% dos entrevistados e considerado altamente irritante por 72% dos adultos com mais de 55 anos) e falar ao telefone aos berros e incomodando os outros (59%). Falar ou digitar ao volante (53% e 49%, respectivamente) e assistir a conteúdo impróprio, como pornografia, em locais públicos (49%), também são motivo de reclamação no país.
Compartilhar via aparelhos móveis é mais comum durante as férias (afirmaram 54% dos entrevistados), eventos esportivos (24%), durante refeições (22%) e até em hospitais (20%). Mas há outro locais mais incomuns que também são cenários para compartilhar fotos e mensagens como no banheiro (16%), dentro do cinema (14%), durante um encontro romântico (13%), em igrejas (8%) e também em funerais (3%).
Os conteúdos mais compartilhados pelos brasileiros são: fotos (68%, maior média entre os oito países), notícias do dia (49%), recomendações de compras (48%), análises de produtos (47%) e esportes (41%). Cerca de 70% consomem música e divulgam suas preferências na internet.
Contrastes
Mas enquanto digitar no celular ao caminhar pela rua é considerado extremamente indelicado em países como Indonésia, Japão e Índia, no Brasil apenas 27% dos entrevistados consideraram a prática irritante.
Brasil e Indonésia são os países em que mais se discute religião on-line, com 39% dos entrevistados publicando sobre o assunto com frequência, em contraste com Japão (1%), França (3%) e Austrália (8%).
E embora 28% considere o uso excessivo de abreviações muito incômodo, 41% dos brasileiros entrevistados admitiram a prática. O mesmo acontece com os erros de gramática e ortografia, considerados irritantes por 42%, e admitidos por outros 30%.
Para 44% dos adultos brasileiros, compartilhar detalhes da sua vida on-line é mais confortável que informar pessoalmente no mundo offline.
Mas os mentirosos estão à solta: 33% dos adultos admitiu ter uma personalidade on-line diferente da sua vida real, e 23% admitiram ter compartilhado informações pessoais falsas pela rede. Os homens são um pouco mais mentirosos que as mulheres – 26% contra 21% no Brasil.
Mesmo com riscos quanto à veracidade do conteúdo, mais da metade (57%) se sente mais conectado às pessoas que publicam informações sobre suas vidas pessoais - como amigos e parentes - por poderem compartilhar e consumir informações online via dispositivos móveis.
Entre os principais motivos para compartilhar tanto no Brasil estão: opinar ou fazer declarações (65%) e fazer novos amigos (54%).
Segundo a Intel, a pesquisa foi realizada nos Estados Unidos pela Ipsos Observer no mês de março. Um estudo posterior on-line foi realizado entre junho e agosto em outros sete países: Austrália, Brasil, China, França, Índia, Indonésia e Japão (as amostras foram selecionadas com base na população on-line de cada região).
RIO - A Intel revelou dados locais da pesquisa encomendada à Ipsos Observe sobre "Etiqueta Móvel" em oito países, incluindo o Brasil. No total, 95% dos brasileiros entrevistados disseram que as pessoas deveriam ter mais educação ao utilizar dispositivos móveis em público. Mas, boa parte dos que reclamam dos maus hábitos também incomodam.
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Segundo a Intel (que está investido em chips móveis), a pesquisa tem como objetivo compreender os consumidores. Cerca de 40% dos adultos e adolescentes compartilham dados todos os dias, mas o excesso é um dos maus hábitos: 60% acreditam que as pessoas divulgam informações além do necessário. No Brasil, 78% dos adolescentes entre 13 e 17 anos disseram que passam o dia inteiro compartilhando, principalmente fotos.Nas redes sociais foi observado que 22% dos adolescentes brasileiros atualizam seus perfis obsessivamente, várias vezes ao dia, usando celulares e tablets. Entre os adultos a prática é comum para 16%.
"A etiqueta é como interagimos uns com os outros”, explicou a autora e especialista em etiqueta Anna Post, do The Emily Post Institute em nota. “A etiqueta nos ajuda a decidir como compartilhar e nos conectar de maneiras positivas e que melhorem nossos relacionamentos”.
O percentual de reclamantes é o mesmo da França. E e “epidemia” de má educação ao celular também despertou a ira de indonésios (98%), chineses (97%) e australianos (94%) que reclamam da falta de discrição.
Música altamente irritante
Entre os principais maus hábitos dos usuários de dispositivos móveis no Brasil estão o uso de dispositivos com o volume muito alto (citado por 62% dos entrevistados e considerado altamente irritante por 72% dos adultos com mais de 55 anos) e falar ao telefone aos berros e incomodando os outros (59%). Falar ou digitar ao volante (53% e 49%, respectivamente) e assistir a conteúdo impróprio, como pornografia, em locais públicos (49%), também são motivo de reclamação no país.
Compartilhar via aparelhos móveis é mais comum durante as férias (afirmaram 54% dos entrevistados), eventos esportivos (24%), durante refeições (22%) e até em hospitais (20%). Mas há outro locais mais incomuns que também são cenários para compartilhar fotos e mensagens como no banheiro (16%), dentro do cinema (14%), durante um encontro romântico (13%), em igrejas (8%) e também em funerais (3%).
Os conteúdos mais compartilhados pelos brasileiros são: fotos (68%, maior média entre os oito países), notícias do dia (49%), recomendações de compras (48%), análises de produtos (47%) e esportes (41%). Cerca de 70% consomem música e divulgam suas preferências na internet.
Contrastes
Mas enquanto digitar no celular ao caminhar pela rua é considerado extremamente indelicado em países como Indonésia, Japão e Índia, no Brasil apenas 27% dos entrevistados consideraram a prática irritante.
Brasil e Indonésia são os países em que mais se discute religião on-line, com 39% dos entrevistados publicando sobre o assunto com frequência, em contraste com Japão (1%), França (3%) e Austrália (8%).
E embora 28% considere o uso excessivo de abreviações muito incômodo, 41% dos brasileiros entrevistados admitiram a prática. O mesmo acontece com os erros de gramática e ortografia, considerados irritantes por 42%, e admitidos por outros 30%.
Para 44% dos adultos brasileiros, compartilhar detalhes da sua vida on-line é mais confortável que informar pessoalmente no mundo offline.
Mas os mentirosos estão à solta: 33% dos adultos admitiu ter uma personalidade on-line diferente da sua vida real, e 23% admitiram ter compartilhado informações pessoais falsas pela rede. Os homens são um pouco mais mentirosos que as mulheres – 26% contra 21% no Brasil.
Mesmo com riscos quanto à veracidade do conteúdo, mais da metade (57%) se sente mais conectado às pessoas que publicam informações sobre suas vidas pessoais - como amigos e parentes - por poderem compartilhar e consumir informações online via dispositivos móveis.
Entre os principais motivos para compartilhar tanto no Brasil estão: opinar ou fazer declarações (65%) e fazer novos amigos (54%).
Segundo a Intel, a pesquisa foi realizada nos Estados Unidos pela Ipsos Observer no mês de março. Um estudo posterior on-line foi realizado entre junho e agosto em outros sete países: Austrália, Brasil, China, França, Índia, Indonésia e Japão (as amostras foram selecionadas com base na população on-line de cada região).
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